05 agosto, 2013

Os pilares econômicos do nazismo

Extraido de VEJA
http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/2013/08/03/os-pilares-economicos-do-nazismo/
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03/08/2013
 às 18:25 \ CulturaFascismoIntervencionismoRacismo

Os pilares econômicos do nazismo


Fonte: Wikipedia
Dia 3 de agosto de 1934: Hitler se torna o comandante supremo da Alemanha ao fundir as funções de Presidente e Chanceler, virando Fuher. Setenta e nove anos depois, creio ainda ser necessário falarmos da ascensão nazista, pois não há garantias de que o mundo jamais irá viver algo semelhante novamente. Aqui vou dar um enfoque maior nas causas econômicas, que não podem ser desprezadas. A fonte é um austríaco que sofreu na pele com isso tudo: Ludwig von Mises. É texto bem longo, para os que têm fôlego…
“Deve ser sempre enfatizado que o nacionalismo econômico é um corolário do estatismo, seja o intervencionismo ou o socialismo.” (Mises)
Muitos historiadores tentaram explicar o surgimento do nazismo de diferentes formas. O enfoque do economista Mises, no entanto, é bastante peculiar, pois mostra como o nazismo foi um filhote da mentalidade estatizante que dominou o mundo na época, e a Alemanha em particular. O prisma econômico de Mises permite uma abordagem transparente, que desfaz uma das maiores inversões já criadas na história: a idéia de que o nazismo é de “direita” e, portanto, oposto ao socialismo e mais próximo do capitalismo.
Socialismo, afinal, trata de um sistema econômico de organização da sociedade, defendendo meios públicos de produção, contra o pilar do capitalismo, que é a propriedade privada. Analisando por este ângulo, fica evidente a proximidade entre nazismo e socialismo, ambos totalmente opostos ao capitalismo de livre mercado.
Quando se fala em nazismo, o antissemitismo é uma das primeiras características que vem à mente. Mises mostra, no entanto, que esse ódio racial foi apenas um pretexto utilizado pelos nazistas, transformando os judeus em bodes expiatórios. Era impossível diferenciar antropologicamente alemães judeus dos não-judeus. Não existem características raciais exclusivamente judaicas, e o “arianismo” não passava de uma ilusão. As leis nazistas de discriminação contra os judeus não tinham ligação com considerações da raça em si. Eles se uniram aos italianos e japoneses, sem ligação alguma com a “supremacia racial nórdica”, enquanto desprezavam os nórdicos que não simpatizavam com seus planos de domínio mundial. Tantas contradições não incomodavam os “arianos”, pois o racismo não era a causa do movimento, e sim um meio político para seus fins.
Tudo aquilo que representava um empecilho no caminho do poder total era considerado “judeu” pelos nazistas. Apesar de os nacionalistas alemães considerarem o bolchevismo uma criação judaica, isso não os impediu de cooperar com os comunistas alemães contra a República de Weimar, ou de treinar seus guardas de elite nos campos de artilharia e aviação russos entre 1923 e 1933. Também não os impediu de costurar um acordo de cumplicidade política e militar com a União Soviética entre 1939 e 1941.
Mesmo assim, a opinião pública defende que o nazismo e o bolchevismo são filosofias implacavelmente opostas. O simples fato de que os dois grupos lutaram um contra o outro não prova que suas filosofias e princípios sejam diferentes. Sempre existiram guerras entre pessoas do mesmo credo ou filosofia. Se a meta for a mesma – o poder – então será natural uma colisão entre ambos. O rei Charles V disse uma vez que estava em pleno acordo com seu primo, o rei da França, pois ambos lutavam contra o outro pelo mesmo objetivo: Milão.
Hitler e Stalin miravam no mesmo alvo. Ambos desejavam governar a Polônia, a Ucrânia e os estados bálticos. Além disso, disputavam o mesmo tipo de mentalidade, aqueles desesperados que estão dispostos a sacrificar a liberdade em prol de alguma promessa de segurança. Nada mais normal do que um bater de frente com o outro, quando sustentar o acordo mútuo ficou complicado demais. Não devemos esquecer que os socialistas de diferentes credos sempre lutaram uns contra os outros, e isso não os torna menos socialistas. Stalin não virou menos socialista porque brigou com Trotsky.
Os bolcheviques partiram na frente em termos de conquista de poder, e o sucesso militar de Lênin encorajou tanto Mussolini como Hitler. O fascismo italiano e o nazismo alemão adotaram os métodos políticos da União Soviética. Eles importaram da Rússia o sistema de partido único, a posição privilegiada da polícia secreta, a organização de partidos aliados no exterior para lutar contra seus governos locais e praticar sabotagem e espionagem, a execução e prisão os adversários políticos, os campos de concentração, a punição aos familiares de exilados e os métodos de propaganda.
Como Mises disse, a questão não é em quais aspectos ambos os sistemas são parecidos, mas sim em quais eles diferem. O nazismo não rejeita o marxismo porque sua meta é o socialismo, e sim porque ele advoga o internacionalismo. Ambos são anticapitalistas e antiliberais, delegando todo o poder ao governo centralizado e planejador. No nazismo, a propriedade privada não foi abolida de jure, mas foi de facto, e os empresários eram nada mais do que “gerentes administrativos”, obedecendo a ordens do governo, que decidia sobre tudo, incluindo alocação de capital e preços exercidos.
Os judeus foram vítimas dos nazistas basicamente por representarem uma minoria que pode ser legalmente definida em termos precisos, o que era tentador numa era de intervencionismo estatal. Os nazistas souberam explorar isso usando os judeus como bodes expiatórios para os males criados pelo sistema econômico inadequado. Existiam aqueles que tentavam justificar o antissemitismo denunciando os judeus como capitalistas, e existiam outros que culpavam os judeus pelo comunismo.
As acusações contraditórias cancelam uma a outra. Com a derrota na primeira Guerra Mundial, o nacionalismo alemão conseguiu sobreviver arrumando um culpado para o fracasso. Os nacionalistas insistiram que eram invencíveis, mas alegaram terem sido sabotados pelos judeus. Se estes fossem eliminados, a vitória seria certa. O uso dessa minoria como bode expiatório serviu para a concentração de poder doméstico, assim como para o apoio de muitos no exterior, pois onde quer que houvesse alguém interessado em se livrar de um competidor judeu, lá poderia estar um apoio ao nazismo. De fato, não foi pequeno o apoio inicial que os nazistas receberam de fora. A humanidade pagou um elevado preço pelo antissemitismo. Na União Soviética, os pequenos proprietários, os kulaks, exerceram esse papel de minoria culpada pelos males econômicos. Na essência, a tática é a mesma.
Os comunistas alemães abriram o caminho para o nazismo, ajudando a enterrar de vez o liberalismo no país. Os comunistas estavam ansiosos para tomar o poder através da violência. No começo de 1919, eles partiram para batalhas nas ruas de Berlim e conseguiram o controle de boa parte da capital. No final de 1918, a grande maioria da nação estava preparada para defender um governo democrático, segundo Mises. Mas esse choque criado pelos comunistas e marxistas, que se declararam a favor da ditadura do proletariado rejeitando a democracia, gerou enorme descrença no povo.
Os alemães ficaram desiludidos com a democracia, sentindo-se enganados, como se o apelo pela democracia fosse apenas um meio de conquistar os tolos. Democracia passou a ser sinônimo de fraude. Os nacionalistas foram rápidos em aproveitar essa mudança de mentalidade. Os métodos marxistas foram usados pelos nacionalistas, que haviam lido Lênin e Bukharin. Um plano para a tomada do poder tinha sido traçado.
Em 1919, a escolha política alemã era entre o totalitarismo bolchevique, sob a ditadura de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, ou o parlamentarismo. No entanto, os comunistas, apesar de minoria, não estavam dispostos a aceitar a decisão democrática, e o único meio de detê-los era o uso da força. A intervenção militar dos nacionalistas foi vista como única saída por muitos alemães. Os nazistas chegaram ao poder graças à ameaça comunista. Ambos disputavam os mesmos adeptos, já que o liberalismo não era mais uma alternativa após tanta idolatria ao estado.
É verdade que Hitler conseguiu subsídios das grandes empresas na primeira fase de sua carreira política. Mas ele tomou esse dinheiro como um rei toma o tributo de seus súditos. Se os empresários negassem o que era demandado, Hitler teria os sabotado ou mesmo usado violência. Os empresários preferiram ser reduzidos ao papel de gerentes administrativos sob o nazismo a ser liquidados pelo comunismo no estilo soviético. Não havia uma terceira opção naquele contexto.
Tanto a força como o dinheiro eram impotentes contra as idéias, e estas apontavam na direção da estatização da economia. O próprio Hitler concluiu que não era necessário socializar os meios de produção oficialmente. Ele havia socializado os homens! Os empresários alemães contribuíram com parte do avanço nazista, assim como várias outras camadas da nação, incluindo as igrejas, tanto a católica como a protestante. O lamentável fato é que a maioria do povo alemão abraçou o nacional-socialismo.
O cenário catastrófico da economia foi crucial para criar um terreno fértil ao nazismo. Mas o fato de existir uma doença não explica, por si só, a busca por um determinado remédio. Esse remédio é procurado porque o doente acredita que ele pode curá-lo. Logo, o caos econômico na Alemanha só levou ao nazismo porque muitos passaram a acreditar que este era o caminho da salvação. E isso foi uma conseqüência das idéias estatizantes, mercantilistas, que espalharam a falácia de que mais espaço físico e recursos naturais deveriam ser conquistados pelos alemães para garantir o suprimento doméstico e a retomada do crescimento.
A inflação que devastou a economia não era vista como resultado das políticas do governo, mas sim como um problema do capitalismo internacional. A mentalidade de guerra, que encara o comércio entre nações como um jogo de perde e ganha, foi fundamental para o crescimento nazista. Poucos compreendiam as vantagens do livre comércio, da divisão internacional de trabalho. Para os males causados pelo intervencionismo estatal, mais estado foi proposto como solução. A ignorância econômica da grande maioria dos alemães foi o que permitiu o avanço do nacionalismo-socialista radical.
Os aspectos fundamentais da ideologia nazista não diferem daqueles geralmente aceitos pelas demais ideologias estatizantes. O controle da economia deve ser estatal. O lucro é visto com enorme desdém. O planejamento centralizado é uma panacéia para os males econômicos. As importações são encaradas como uma invasão estrangeira negativa. O individualismo deve ser duramente combatido em prol do coletivismo. Eis o arcabouço ideológico que possibilitou a conquista do poder pelos nazistas, que derrubaram os concorrentes estatizantes porque estavam dispostos a defender até as últimas conseqüências esta mentalidade.
Os pilares do nazismo foram erguidos sobre a mentalidade estatizante da época. A idolatria ao estado e a desconfiança em relação ao livre comércio sustentaram os dogmas nazistas. Mises afirma que somente através da destruição total do nazismo o mundo poderá retomar suas conquistas e melhorar a organização social, construindo uma boa sociedade. Infelizmente, os pilares de sua ideologia permanecem conquistando muitos adeptos, ainda que sob diferentes rótulos. São estes pilares que devem ser atacados para a garantia do progresso da civilização.


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Fonte: Wikipedia
Dia 3 de agosto de 1934: Hitler se torna o comandante supremo da Alemanha
ao fundir as funções de Presidente e Chanceler, virando Fuher. 
Setenta e nove anos depois, creio ainda ser necessário falarmos 
da ascensão nazista, pois não há garantias de que o mundo 
jamais irá viver algo semelhante novamente. 
Aqui vou dar um enfoque maior nas causas econômicas, 
que não podem ser desprezadas. 
A fonte é um austríaco que sofreu na pele com isso tudo:
 Ludwig von Mises. 
É texto bem longo, para os que têm fôlego…

“Deve ser sempre enfatizado que o nacionalismo econômico 
é um corolário do estatismo, seja o intervencionismo ou o socialismo.”
 (Mises)

Muitos historiadores tentaram explicar o surgimento do nazismo de diferentes formas.
O enfoque do economista Mises, no entanto, é bastante peculiar,
pois mostra como o nazismo foi um filhote da mentalidade estatizante
que dominou o mundo na época, e a Alemanha em particular. 
O prisma econômico de Mises permite uma abordagem transparente,
que desfaz uma das maiores inversões já criadas na história
a idéia de que o nazismo é de “direita” e, portanto,
oposto ao socialismo e mais próximo do capitalismo.

Socialismo, afinal, trata de um sistema econômico de organização da sociedade, 
defendendo meios públicos de produção, contra o pilar do capitalismo, 
que é a propriedade privada. 
Analisando por este ângulo, fica evidente a proximidade 
entre nazismo e socialismo, ambos totalmente opostos 
ao capitalismo de livre mercado.

Quando se fala em nazismo, o antissemitismo é uma das primeiras características que vem à mente. Mises mostra, no entanto, que esse ódio racial foi apenas um pretexto utilizado pelos nazistas, transformando os judeus em bodes expiatórios. Era impossível diferenciar antropologicamente alemães judeus dos não-judeus. Não existem características raciais exclusivamente judaicas, e o “arianismo” não passava de uma ilusão. As leis nazistas de discriminação contra os judeus não tinham ligação com considerações da raça em si. Eles se uniram aos italianos e japoneses, sem ligação alguma com a “supremacia racial nórdica”, enquanto desprezavam os nórdicos que não simpatizavam com seus planos de domínio mundial. Tantas contradições não incomodavam os “arianos”, pois o racismo não era a causa do movimento, e sim um meio político para seus fins.

Tudo aquilo que representava um empecilho no caminho do poder total era considerado “judeu” pelos nazistas. Apesar de os nacionalistas alemães considerarem o bolchevismo uma criação judaica, isso não os impediu de cooperar com os comunistas alemães contra a República de Weimar, ou de treinar seus guardas de elite nos campos de artilharia e aviação russos entre 1923 e 1933. Também não os impediu de costurar um acordo de cumplicidade política e militar com a União Soviética entre 1939 e 1941.

Mesmo assim, a opinião pública defende que o nazismo e o bolchevismo são filosofias implacavelmente opostas. O simples fato de que os dois grupos lutaram um contra o outro não prova que suas filosofias e princípios sejam diferentes. Sempre existiram guerras entre pessoas do mesmo credo ou filosofia. Se a meta for a mesma – o poder – então será natural uma colisão entre ambos. O rei Charles V disse uma vez que estava em pleno acordo com seu primo, o rei da França, pois ambos lutavam contra o outro pelo mesmo objetivo: Milão.

Hitler e Stalin miravam no mesmo alvo. Ambos desejavam governar a Polônia, a Ucrânia e os estados bálticos. Além disso, disputavam o mesmo tipo de mentalidade, aqueles desesperados que estão dispostos a sacrificar a liberdade em prol de alguma promessa de segurança. Nada mais normal do que um bater de frente com o outro, quando sustentar o acordo mútuo ficou complicado demais. Não devemos esquecer que os socialistas de diferentes credos sempre lutaram uns contra os outros, e isso não os torna menos socialistas. Stalin não virou menos socialista porque brigou com Trotsky.

Os bolcheviques partiram na frente em termos de conquista de poder, e o sucesso militar de Lênin encorajou tanto Mussolini como Hitler. O fascismo italiano e o nazismo alemão adotaram os métodos políticos da União Soviética. Eles importaram da Rússia o sistema de partido único, a posição privilegiada da polícia secreta, a organização de partidos aliados no exterior para lutar contra seus governos locais e praticar sabotagem e espionagem, a execução e prisão os adversários políticos, os campos de concentração, a punição aos familiares de exilados e os métodos de propaganda.

Como Mises disse, a questão não é em quais aspectos ambos os sistemas são parecidos, mas sim em quais eles diferem. O nazismo não rejeita o marxismo porque sua meta é o socialismo, e sim porque ele advoga o internacionalismo. Ambos são anticapitalistas e antiliberais, delegando todo o poder ao governo centralizado e planejador. No nazismo, a propriedade privada não foi abolida de jure, mas foi de facto, e os empresários eram nada mais do que “gerentes administrativos”, obedecendo a ordens do governo, que decidia sobre tudo, incluindo alocação de capital e preços exercidos.

Os judeus foram vítimas dos nazistas basicamente por representarem uma minoria que pode ser legalmente definida em termos precisos, o que era tentador numa era de intervencionismo estatal. Os nazistas souberam explorar isso usando os judeus como bodes expiatórios para os males criados pelo sistema econômico inadequado. Existiam aqueles que tentavam justificar o antissemitismo denunciando os judeus como capitalistas, e existiam outros que culpavam os judeus pelo comunismo.

As acusações contraditórias cancelam uma a outra. Com a derrota na primeira Guerra Mundial, o nacionalismo alemão conseguiu sobreviver arrumando um culpado para o fracasso. Os nacionalistas insistiram que eram invencíveis, mas alegaram terem sido sabotados pelos judeus. Se estes fossem eliminados, a vitória seria certa. O uso dessa minoria como bode expiatório serviu para a concentração de poder doméstico, assim como para o apoio de muitos no exterior, pois onde quer que houvesse alguém interessado em se livrar de um competidor judeu, lá poderia estar um apoio ao nazismo. De fato, não foi pequeno o apoio inicial que os nazistas receberam de fora. A humanidade pagou um elevado preço pelo antissemitismo. Na União Soviética, os pequenos proprietários, os kulaks, exerceram esse papel de minoria culpada pelos males econômicos. Na essência, a tática é a mesma.

Os comunistas alemães abriram o caminho para o nazismo, ajudando a enterrar de vez o liberalismo no país. Os comunistas estavam ansiosos para tomar o poder através da violência. No começo de 1919, eles partiram para batalhas nas ruas de Berlim e conseguiram o controle de boa parte da capital. No final de 1918, a grande maioria da nação estava preparada para defender um governo democrático, segundo Mises. Mas esse choque criado pelos comunistas e marxistas, que se declararam a favor da ditadura do proletariado rejeitando a democracia, gerou enorme descrença no povo.

Os alemães ficaram desiludidos com a democracia, sentindo-se enganados, como se o apelo pela democracia fosse apenas um meio de conquistar os tolos. Democracia passou a ser sinônimo de fraude. Os nacionalistas foram rápidos em aproveitar essa mudança de mentalidade. Os métodos marxistas foram usados pelos nacionalistas, que haviam lido Lênin e Bukharin. Um plano para a tomada do poder tinha sido traçado.

Em 1919, a escolha política alemã era entre o totalitarismo bolchevique, sob a ditadura de Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, ou o parlamentarismo. No entanto, os comunistas, apesar de minoria, não estavam dispostos a aceitar a decisão democrática, e o único meio de detê-los era o uso da força. A intervenção militar dos nacionalistas foi vista como única saída por muitos alemães. Os nazistas chegaram ao poder graças à ameaça comunista. Ambos disputavam os mesmos adeptos, já que o liberalismo não era mais uma alternativa após tanta idolatria ao estado.

É verdade que Hitler conseguiu subsídios das grandes empresas na primeira fase de sua carreira política. Mas ele tomou esse dinheiro como um rei toma o tributo de seus súditos. Se os empresários negassem o que era demandado, Hitler teria os sabotado ou mesmo usado violência. Os empresários preferiram ser reduzidos ao papel de gerentes administrativos sob o nazismo a ser liquidados pelo comunismo no estilo soviético. Não havia uma terceira opção naquele contexto.

Tanto a força como o dinheiro eram impotentes contra as idéias, e estas apontavam na direção da estatização da economia. O próprio Hitler concluiu que não era necessário socializar os meios de produção oficialmente. Ele havia socializado os homens! Os empresários alemães contribuíram com parte do avanço nazista, assim como várias outras camadas da nação, incluindo as igrejas, tanto a católica como a protestante. O lamentável fato é que a maioria do povo alemão abraçou o nacional-socialismo.

O cenário catastrófico da economia foi crucial para criar um terreno fértil ao nazismo. Mas o fato de existir uma doença não explica, por si só, a busca por um determinado remédio. Esse remédio é procurado porque o doente acredita que ele pode curá-lo. Logo, o caos econômico na Alemanha só levou ao nazismo porque muitos passaram a acreditar que este era o caminho da salvação. E isso foi uma conseqüência das idéias estatizantes, mercantilistas, que espalharam a falácia de que mais espaço físico e recursos naturais deveriam ser conquistados pelos alemães para garantir o suprimento doméstico e a retomada do crescimento.

A inflação que devastou a economia não era vista como resultado das políticas do governo, mas sim como um problema do capitalismo internacional. A mentalidade de guerra, que encara o comércio entre nações como um jogo de perde e ganha, foi fundamental para o crescimento nazista. Poucos compreendiam as vantagens do livre comércio, da divisão internacional de trabalho. Para os males causados pelo intervencionismo estatal, mais estado foi proposto como solução. A ignorância econômica da grande maioria dos alemães foi o que permitiu o avanço do nacionalismo-socialista radical.

Os aspectos fundamentais da ideologia nazista não diferem daqueles geralmente aceitos pelas demais ideologias estatizantes. O controle da economia deve ser estatal. O lucro é visto com enorme desdém. O planejamento centralizado é uma panacéia para os males econômicos. As importações são encaradas como uma invasão estrangeira negativa. O individualismo deve ser duramente combatido em prol do coletivismo. Eis o arcabouço ideológico que possibilitou a conquista do poder pelos nazistas, que derrubaram os concorrentes estatizantes porque estavam dispostos a defender até as últimas conseqüências esta mentalidade.

Os pilares do nazismo foram erguidos sobre a mentalidade estatizante da época. A idolatria ao estado e a desconfiança em relação ao livre comércio sustentaram os dogmas nazistas. Mises afirma que somente através da destruição total do nazismo o mundo poderá retomar suas conquistas e melhorar a organização social, construindo uma boa sociedade. Infelizmente, os pilares de sua ideologia permanecem conquistando muitos adeptos, ainda que sob diferentes rótulos. São estes pilares que devem ser atacados para a garantia do progresso da civilização.

09 maio, 2013

PARECE PIADA MAS NÃO É


PARECE PIADA MAS NÃO É

Se você for com seus filhos, noras, genros e netos 
almoçar fora no domingo e tomar 1 ou 2 chopps,
ou 1 ou 2 copos de cerveja no almoço (*) 
e for parado numa blitz, você paga uma multa de R$ 1.960,00, 
tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido e vai preso.

Se você comer 1, 2 ou 3 bombons, tomar remédio para a tosse 
ou tomar homeopatia e for parado numa blitz, 
você paga uma multa de R$ 1.960,00, 
tem a carteira cassada por um ano, o carro apreendido 
e também vai preso.

No entanto, se você se drogar. 
Se fumar maconha, cheirar cocaína ou fumar crack, 
ficar doidão e for parado numa blitz, nada vai acontecer.

Se você roubar, assaltar, estuprar, atropelar ou matar alguém, 
com um bom advogado, o máximo que vai acontecer é você 
esperar o julgamento em liberdade 
ou se for condenado ir para o regime semi-aberto.

Já se você roubar milhões de reais do povo ou dos cofres públicos, 
várias coisas podem acontecer: 
vai passar 15 dias num resort na Bahia em companhia da amante; 
vai ser empossado deputado federal; 
vai ser eleito presidente do Senado; 
vai se eleger deputado ou senador; 
vai ser nomeado ministro ou para um alto cargo no Governo PT; 
ou até mesmo ser eleito presidente da República.

Se você tiver menos de 18 anos completos, 
aí você roubar, assaltar, estuprar até matar, que não tem problema, 
você não pode ser preso porque é menor. 
Só não pode comer bombom, tomar xarope prá tosse ou tomar homeopatia, 
porque aí , se você for parado numa blitz você vai preso.

Ah! Um detalhe. 
Se num restaurante um casal estiver 
se beijando lascivamente/se esfregando, etc...
e você chamar a polícia, 
eles serão presos por atentado ao pudor. 

Agora, se vc chama a policia para reprimir 
um baile funk na rua, na madrugada, 
com o som no ultimo, 
a policia diz que é problema da prefeitura.

Parece piada, mas não é.

Este é o Brasil, o país da Corrupção, da Impunidade e da Incoerência.

E viva os nossos deputados, 
os nossos senadores 
e os nossos governantes 
e principalmente o povo capacho 
que aceita tudo calado, 
não se revolta 
e ainda vota neles.

(*) nos vôos transatlânticos os pilotos da Air France, por tradição, 
estão autorizados a beber 2 taças de vinho durante as refeições .....

" Um dia os chimpanzés chegarão ao poder no Brasil. 
Não será por luta armada ... 
Será pelo voto! ".

03 maio, 2013

Reynaldo-BH: O PT só sabe ser contra


REYNALDO ROCHA

A ira está na gênese do PT.

Se antes esta ira tinha aos olhos de muitos algo de santa, pelo inconformismo com a ditadura, hoje somente se mostra como fruto do sectarismo e inadequação a um ambiente de liberdade.

O PT nunca foi propositivo. 
Não se manifestava sobre o que pretendia fazer. 
Defendia ideias suficientemente amplas para nunca se comprometer com nenhuma.

Sempre se definiu como um partido “contra”. 
E ser contra algo é mais fácil do que ser a favor de ideias efetivas e possíveis.

O PT nunca soube construir. 
Especializou-se em destruir.

Quando copia, precisa destruir o passado para sentir-se dono do presente.

A formatação sem nenhum estofo intelectual, teórico ou político (na essência do termo) transformou o partido numa federação de grupelhos que disputam a hegemonia e uma espécie de campeonato de radicalismo. 
Assim, prescinde de oposição.

Só estão unidos quando precisam ser CONTRA os que lhes atravessam o caminho. 
Seja um partido político, um poder republicano ou o fato de a terra ser redonda…

O Poder Judiciário insiste em prender e condenar bandidos? 
O PT indica ministros! 
Os indicados não são cúmplices dos ladrões? 
Que se retire poder o Judiciário e que este seja controlado por companheiros, que são CONTRA o estado de direito.

As oposições querem criticar o governo? 
Que se criem condições para que o PT tenha 70% (isso mesmo!) do tempo de TV na próxima campanha presidencial (às oposições restam os outros 30%) para que todos aprendam que ser CONTRA é monopólio do petismo. 
O PT é contra tudo e todos que não se submetem.

No passado o PT não assinou a Constituição de 1988. 
Não apoiou Itamar Franco quando expulsamos Collor do Planalto. 
Não apoiou o Plano Real. 
Foi ao Supremo contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Hoje, apesar de usar TODOS os avanços a que negou apoio, continua CONTRA o que foi feito. 
Precisa reescrever a história, colocando-se em um cenário inventado, para então ser CONTRA tudo, agora em nome do que nunca fez.

O PT de Tarso Genro, por exemplo, tem raiva do PT de Rui Falcão, também como exemplo.  
O PT vive e sobrevive amparado na raiva. 
Como o cego que, ao nascer do sol, amaldiçoa a luz e o calor, debitando a estes a própria infelicidade.

O PT, se fosse um ser vivo (não fossilizado), seria a encarnação da infelicidade. 
Da mesquinharia. 
Da inveja. 
Da doença.

A raiva está para o PT como a droga está para o viciado. 
Precisa dela na veia. 
Os momentos de alegria nunca são causados por vitórias. 
O que os alegra é a derrota de outro, mesmo que aliado. 
Jamais cumpre acordos, pois quem tem raiva não tem discernimento. 
Nem mantém a palavra empenhada.

O PT é um partido sem propostas. 
E acredita que o Estado (cofres incluídos) lhe pertence. 
Quando alguém se põe CONTRA este projeto imundo de poder, o PT sente-se diminuído. 
Ser CONTRA é o que o PT sabe ser.

Quem é CONTRA tudo acaba sendo somente a favor de si mesmo.

É desta matéria que são feitas as ditaduras.

12 abril, 2013

Para os COMUNISTAS DE iPhone e iPad.

É muito curioso tentar dialogar com um comunista de iPhone.
Porque ele sempre vem com a ladainha:
"Em CUBA nao tem analfabeto."

"Em CUBA não tem crianças nas ruas."
"Em CUBA todos tem trabalho, assistencia médica, etc."
"Em CUBA não existe DITADURA."
Eles falam isso mas pouco foram para CUBA, menos ainda tentaram viver como cubanos.
Então eu decidir criar uma situação que talves possibilite esses alucinados comunistas de iPhone entender o que é, de fato, o COMUNISMO.
Vamos imaginar que VOCE acaba de nascer.
Você depende unica e exclusivamente de SEUS PAIS (eles são os lideres, NAO SAO DITADORES, ok?)
Voce cresce e as regras vão se tornando mais claras.
Voce tem CASA, COMIDA, ROUPA LAVADA, ASSISTENCIA MEDICA, EDUCAÇÃO e TUDO QUE SEUS PAIS PERMITEM QUE VOCE TENHA.
Liberdade, SIM, voce tem LIBERDADE, eles dizem o que voce PODE fazer e o QUE NAO PODE FAZER.
Se quebrar uma destas regras voce será PUNIDO.
Ficará de CASTIGO.
Ou, dependendo de sua OUSADIA, APANHARA E FICARÁ DE CASTIGO.
Voce pode ver televisão, sim, pode assitir TUDO O QUE ELES PERMITIREM.
Ai voce pensa en SAIR para DAR UM ROLE.
Otimo, pode sair a vontade.
Desde que :
Informe para onde vai,
Informe COM QUEM VAI,
Esteja de volta as 9 horas e va SOMENTE ONDE ELES PERMITIREM.
Nao, voce NAO PODE NEGOCIAR, é isso OU FICARA EM CASA.
Lembre-se, NAO É UMA DITADURA, SÃO REGRAS.
Agora, voce ja esta mais velho e se cansou de fazer as atividades de casa.
Seus pais lhe dao CASA, COMIDA, ROUPA LAVADA, ASSISTENCIA MEDICA, EDUCAÇÃO e VOCÊ deve trabalhar para isso.
Mas você ACHA que PODE FAZER MAIS QUE ISSO.
E escolhe ser...
Digamos.. MUSICO.
Não, VOCÊ NÃO PODE SER MUSICO.
Ja temos musicos demais.
(LEMBRE-SE, VOCE NAO PODE DISCUTIR)
Entao voce pergunta...
QUE PROFISSÃO POSSO TER?
E como todo bom regime, eles te dão TODA LIBERDADE DE ESCOLHER:
Voce pode ser MECANICO DE CARROS, MEDICO ou, vejamos, JORNALEIRO.
Nao reclame, voce tem LIBERDADE DE ESCOLHER O QUE QUISER, dentre, logico,  das 3 OPÇÕES APRESENTADAS.
Ai voce pensa... legal... QUEM PAGA MAIS?
A RESPOSTA?
TODOS TEM O MESMO SALARIO.
Mesmo que voce trabalhe no Albert Einstein e ganhe 15 MIL REAIS por mes, voce so receberá um salario minimo, o RESTO ficará para seu PAIS, afinal, eles te dão CASA, COMIDA, ROUPA LAVADA, ASSISTENCIA MEDICA, EDUCAÇÃO e precisam tambem garantir sua APOSENTADORIA.
Para mecanica voce precsa estudar mais 4 anos.
Para medicina mais 8 anos e para ser jornaleiro voce nao precisa estudar.
So que, antes de começar a trabalhar voce AINDA estara trabalhando EM CASA.
Em CUBA é assim, NINGUEM PODE RECLAMAR, mas tem a liberdade de ESCOLHER o que o GOVERNO PERMITE QUE VOCE ESCOLHA.

Entendeu COMUNISTA DE iPhone?
Se voce NÃO GOSTA de seus pais pegando no seu pe, voce JAMAIS iria TOLERAR UM REGIME COMUNISTA.

Conseguiu entender?
Bele?
Tranquilo?

28 fevereiro, 2013

"Não se preocupe, embaixador". Por Demétrio Magnoli


A Carlos Zamora Rodríguez, embaixador de Cuba no Brasil:

Circulam rumores de que a passagem da blogueira Yoani Sánchez pelo Brasil terá efeitos desastrosos para sua carreira diplomática.
Escrevo para acalmá-lo.
À luz dos critérios políticos normais, qualquer um dos quatro motivos mencionados como causas possíveis de sua queda seria suficiente para fulminar um diplomata.
Contudo, os governos de Cuba e do Brasil não se movem por critérios normais.

Comenta-se, em primeiro lugar, que o Planalto solicitaria sua remoção em reação à interferência ilegal da Embaixada nos assuntos internos do país.
De fato, é ultrajante reunir militantes do PT e do PCdoB na representação diplomática cubana para distribuir um CD contendo calúnias contra uma cidadã em visita ao Brasil.
Mas não se preocupe.
Sob Lula, quando prendeu e deportou os pugilistas cubanos que tentavam emigrar, o governo brasileiro violou a Carta Interamericana de Direitos Humanos para atender a um desejo de Havana.
Dilma Rousseff só precisa ignorar a violação de leis nacionais para encerrar o “caso Yoani”.

Em segundo lugar, corre o rumor de que Havana pretende substituí-lo por razões de incompetência funcional.
A causa seria o vazamento para “Veja” das informações sobre a reunião na Embaixada, que contou com a presença de Ricardo Poppi Martins, auxiliar do ministro Gilberto Carvalho — uma notícia depois confirmada pela própria Secretaria Geral da Presidência.
Certamente, as agências de inteligência de seu país não apreciaram a condução desastrada da operação, mas duvido que o governo de Raúl Castro desconsidere os fatores atenuantes:
a inconveniência representada pela liberdade de imprensa e os “dilemas morais pequeno-burgueses” de militantes de esquerda não submetidos ao centralismo do Partido Comunista Cubano.

Um terceiro motivo para seu afastamento residiria nas implicações lógicas das acusações difundidas pela Embaixada contra a blogueira.
O CD qualifica Yoani comomercenária financiada pelo governo dos EUA” para “trabalhar contra o povo cubano”.
Afirmar isso, porém, significa dizer que, mesmo dispondo das provas da atuação de uma agente inimiga em seu território, o governo de Cuba optou por não prendê-la e processá-la, colocando em risco a segurança do país.
O raciocínio, impecável, destruiria um diplomata de um país democrático, mas não arranhará sua reputação perante o regime dos Castro:
o discurso totalitário não almeja a persuasão racional, não se deixa limitar pela regra da consistência interna e não admite o escrutínio da crítica.

Afigura-se mais grave a quarta razão que apontam como ameaça à sua carreira.
Ao estimular a perseguição movida por hordas de militantes organizados contra Yoani, a Embaixada amplificou a voz e o alcance da mensagem da blogueira, produzindo um efeito contrário ao desejado por Havana.
Construído no terreno de um cínico pragmatismo político, o argumento parece irretocável, mas não creio que deveria alarmá-lo.
Na perspectiva do regime cubano, as repercussões da visita sobre a opinião pública são o preço a pagar pela afirmação de um princípio inegociável do totalitarismo:
os dissidentes nunca estão a salvo da violência real ou simbólica do “ato de repúdio”.

O “ato de repúdio” é o equivalente político do estupro de gangue.
Na China da Revolução Cultural, onde alcançou o apogeu, a prática chamava-se
“assembleia de denúncia”.
Segundo o relato de Jung Chang, uma jovem chinesa que testemunhou aqueles tempos, a Universidade de Pequim realizou sua pioneira “assembleia de denúncia” a 18 de junho de 1966, quando o reitor e dezenas de professores sofreram espancamentos e foram obrigados a permanecer ajoelhados durante horas em meio à multidão histérica.
Enfiaram à força em suas cabeças chapéus cônicos de burro, com slogans humilhantes e derramaram tinta em seus rostos para deixá-los negros, a cor do mal” (“Cisnes selvagens: três filhas da China”).
A matriz chinesa, nós dois sabemos, inspirou a ditadura cubana
cujos “atos de repúdioexcluem a tortura, mas não a violência física moderada, a intimidação direta e uma torrente de insultos.

Yoani relata no seu blog o primeiro “ato de repúdio” que assistiu, quando tinha cinco anos (“As pessoas gritavam e levantavam os punhos ao redor da porta de uma vizinha”), e um outro, do qual foi vítima junto com as Damas de Branco
(“as hordas da intolerância cuspiram em nós, empurraram e puxaram o cabelo”).
No “ato de repúdio”, o “inimigo do povo” deve ser despido de sua condição humana e convertido em joguete da violência coletiva.
A agressão física é um corolário último desejável, mas não é um componente necessário do ritual — e, dependendo das circunstâncias políticas, deve ser prudentemente evitada.
Estou convicto de que sua embaixada levou isso em conta quando indicou o caminho dos atos contra Yoani.

Seu conhecido Breno Altman, um quadro político do PT, defendeu os “atos de repúdio” contra a blogueira em debate televisivo, alegando que “ninguém saiu ferido”.
De fato, apenas em Feira de Santana chegaram a empurrar Yoani e a puxar-lhe o cabelo.
Na mesma cidade e em São Paulo, gangues de vândalos a insultaram em público, cassaram-lhe o direito à palavra, ameaçaram pessoas que queriam escutá-la, provocaram o cancelamento de eventos literários e cinematográficos.
Tudo isso caracteriza constrangimento ilegal, um crime contra as liberdades públicas e individuais.

No Brasil, a palavra de Yoani desmoralizou a ditadura cubana.
Mas, nessa particular guerra de princípios, sua embaixada venceu:
a polícia não interferiu, os “intelectuais de esquerda” silenciaram, a editora que publica Yoani eximiu-se da obrigação de protestar e uma imprensa confusa sobre a linguagem dos valores democráticos qualificou os vândalos como “manifestantes”.
Por sua iniciativa, o “ato de repúdio” fincou raízes no meu país.
Creio que lhe devem uma medalha.



Demétrio Magnoli é sociólogo.

LULLA o psicopata EGOLATRA

O psicopata barbudo, deus da seita da estrela vermelha, que ja ousou se comparar a Jesus, JK e Getulio Vargas agora se compara a Lincoln.
Entao, nada mais justo que colocar algumas frases de Lincoln para CALAR A BOCA DO FALASTRAO que agora foge da imprensa para NAO FALAR DA MARMITA ROSE.

Vamos la:

A cada dia que passa o psicopata barbudo se mostra mais petulante em
sua ignorancia, arrogancia e EGOLATRIA.
Entao, eis uma frase otima para os PTetas refletirem.
"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota
do quer falar e acabar com a dúvida."

Abraham Lincoln

Quando o VAGABUNDO que mandou amputar um dedo para receber
idenização e aposentadoria ele era POBRE.
Agora que tem poder, esta milhonario.
Antes ele se dizia como o ultimo ETICO do Brasil, agora, eh, comprovadametne,
o MAIS IMORAL SER VIVO do Brasil.
"Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades,
mas se quiser por à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder".

Abraham Lincoln

A casa LOGO LOGO vai cair deus molusco da seita da estrela vermelha.
Eis um bom recado para voce.
"Podeis enganar toda a gente durante um certo tempo;
podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo;
mas não vos será possível enganar sempre toda a gente."

Abraham Lincoln

E quando vierem a PUBLICO a VERDADE sobre sua MARMITA DE AVIAO
ROSE e que D. NULLA tem que abaixar a cabeca para passar por portas...
Neste dia eu quero ver o que voce vai dizer.
"Nenhum mentiroso tem uma memória suficientemente boa
para ser um mentiroso de êxito."

Abraham Lincoln

ETICA eh um caminho de MAO UNICA, sem desvios.
Nao existe MEIO VIRGEM, nao existe MEIA VERDADE.
Ou se eh ETICO ou nao.
"Os princípios mais importantes podem e devem ser inflexíveis."
Abraham Lincoln

29 novembro, 2012

O LULLA vegetariano, a ROSE salseira e a NULLA calada...

TEXTO DE Ricardo Noblat



Sai o Mensalão. Entra o Rosegate. 

Curioso. 
Líderes do PT dizem não ser "adequado" ligar Lula a Rosemary Nóvoa de Noronha, indiciada na semana passada pela Polícia Federal por crime de corrupção ativa, e ameaçada de ser presa a qualquer momento.

Ora, pois. 
Por que não seria adequado?

Foi Lula que escolheu a moça para ser sua secretária depois de ela ter secretariado durante 12 anos o ex-ministro José Dirceu. 
Rosemary era reconhecidamente uma moça prendada.

Foi Lula que mais tarde nomeou a moça para a chefia do gabinete da presidência da República, em São Paulo. Ali quem desejava vê-lo tinha de passar antes pelo crivo de Rosemary, a dona da maçaneta da porta presidencial.

Foi Lula, apesar de dispor de gente habilitada para isso em Brasília, quem incumbiu Rosemary de acompanhá-lo em viagens a 24 países entre 2008 e 2009 - em média uma por mês.

Foi Lula que forçou o Senado a desrespeitar o seu próprio regimento interno para que Paulo Vieira, indicado por Rosemary, ganhasse uma das diretorias da Agência Nacional de Águas (ANA).

Foi Lula, mais uma vez acionado por Rosemary, que também empregou Rubens, irmão de Paulo, como diretor da Agência Nacional de Avião Civil.

Paulo está preso desde a semana passada, apontado pela Polícia Federal como chefe de uma quadrilha que fraudava pareceres técnicos de agências reguladoras e de órgãos federais.

Rubens também está preso por fazer parte da quadrilha, assim como outro irmão dele, o empresário Marcelo Rodrigues.

Foi Lula que interferiu junto a Dilma para que Rosemary permanecesse como chefe do gabinete da presidência, em São Paulo.

A Polícia Federal gravou 122 telefonemas trocados por Lula com Rosemary entre março do ano passado e outubro deste ano. Uma média de cinco ligações por dia. Fora e-mails passados por Rosemary com referências a Lula.

Sabe como Rosemary chamava Lula? De presidente? Não. José Dirceu chamava Lula de presidente. Antonio Palocci chamava Lula de presidente. Gilberto Carvalho, idem. 
Rosemary chamava Lula de "Luiz Inácio". 
E ainda chama.

Quem reclamava da sua falta de cerimônia no tratamento conferido ao presidente da República, ouvia dela muitas vezes: 
"Tenho intimidade com ele. Trato como quero. E daí?"

Não exagerava. 
Com frequência, sempre que viajava ao exterior acompanhando Lula, Rosemary se hospedava em apartamento próximo ao dele.
Assim poderia atendê-lo com a presteza necessária.

Como, portanto, não seria adequado ligar Lula a Rosemary?

Não separe o que o destino uniu!

Lula deu uma de fraco, de cínico e de dissimulado ao comentar a propósito da enrascada em que Rosemary se meteu: 
"Eu me sinto apunhalado pelas costas".

Que falta de originalidade!

Quando estourou o escândalo do mensalão e Lula falou em cadeia nacional de rádio e de televisão para pedir desculpas aos brasileiros, ele disse que fora traído. 
E acrescentou:

- Fui apunhalado pelas costas.

Sob a ótica religiosa, Lula é o São Sebastião da política nacional, flechado por todos os lados. 
Sob a ótica pagã, é o Tufão, personagem da novela "Avenida Brasil", enganado pelas mulheres.

Rosemary leva vida modesta.
 Empregou o marido e uma filha no governo, mas não tem dinheiro para fazer face a uma eventual emergência médica, por exemplo.

Na condição de interlocutora privilegiada de Lula, recebia mimos aqui e acolá. 
Eram retribuições de favores que ela fazia. 
Nada de grande valor. 
E, no entanto, em pedindo tudo lhe seria dado. 
Quem duvida?

Ela pediu para Paulo Vieira o emprego na ANA. 
Mas quem pediu a Rosemary para que pedisse a Lula o emprego almejado por Paulo?

Carlos Minc, na época ministro do Meio Ambiente, sugerira a Lula o nome de uma técnica para a vaga que acabaria ocupada por Paulo. 
Lula desprezou a sugestão de Minc. 
Que no último fim de semana fez uma espantosa confissão:

- Naquela época, o nome desse cara (Paulo Vieira) já não cheirava bem.

Por que Minc não procurou Lula naquela época para adverti-lo de que o nome de Paulo cheirava mal? 
Por que Minc não conta agora o que sabia a respeito dele?

Por que Lula não explica seu esforço para emplacar Paulo na ANA?

Ao chegar no Senado o nome de Paulo, líderes do PMDB procuraram líderes do DEM e do PSDB e propuseram:

- Vamos derrubar a indicação?

"Eu topei porque meu negócio como líder do DEM era derrotar o governo sempre que pudesse", relembra José Agripino Maia (RN), hoje presidente do partido. 
Pelo mesmo motivo, topou o líder do PSDB, Arthur Virgílio.

Na votação em plenário deu empate. 
No mesmo dia, ao se repetir a votação, a indicação foi derrotada pela diferença de um voto. 
Não poderia haver uma terceira votação, segundo a Comissão de Constituição e Justiça do Senado.

Dali a quatro meses houve, sim, por insistência de Lula. 
O DEM e o PSDB foram pegos de surpresa. 
O PMDB havia sido apaziguado por ação direta dos senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL).

A sombra de José Dirceu pesa sobre a história investigada pela Polícia Federal desde o ano passado, revela a procuradora federal Suzana Fairbanks.

Em 2003, primeiro ano do primeiro governo Lula, Paulo Vieira filiou-se ao PT.
No ano seguinte, teve 55 votos e não se elegeu vereador em Gavião Peixoto, cidade de menos de cinco mil habitantes a 310 quilômetros da capital paulista.

Paulo tirou a sorte grande em 2005: foi nomeado pelo então ministro chefe da Casa Civil José Dirceu para o cargo de assessor especial de controle interno do Ministério da Educação.

Rosemary sempre recorria a Dirceu para atender interesses da quadrilha comandada por Paulo, assegura a procuradora Fairbanks. Costumava citá-lo como "JD".

Paulo usou o nome de Dirceu para tentar obter a ajuda de Cyonil da Cunha Borges, auditor do Tribunal da Contas da União e, ao fim e ao cabo, delator do esquema desmontado pela Polícia Federal.

Cyonil chegou a receber R$ 100 mil dos R$ 300 mil que Paulo lhe prometera em troca de um parecer favorável à Tecondi, empresa que opera no Porto de Santos. 
Dirceu prestava consultoria à empresa, de acordo com Paulo.

Como os R$ 200 mil restantes não lhe foram pagos, Cyonil bateu às portas da Polícia Federal, devolveu os R$ 100 que embolsara e entregou todo mundo.

Dirceu nega tudo.

Lula nada diz.

Rosemary jura inocência e ameaça falar caso seja presa.

Sai de cena o Escândalo do Mensalão.

Entra o Rosegate. 
Alguma sugestão melhor de nome?